Depoimento – Marcella e Rodrigo

“Eu queria ao meu lado uma pessoa que me desse opinião, e não que achasse tudo lindo.

Meu maior medo era ter uma cerimonialista para qual eu dissesse que talvez fosse querer um elefante africano rosa dançando a hula ao lado do bolo e ela me falasse que ia ficar o máximo.
Sou uma pessoa direta, sem muitos frufrus e sem paciência para meninices. Tinha que ter ao meu lado alguém não para me paparicar, mas para me apoiar.
Mas ao mesmo tempo  alguém para me dizer “Ó, isso não vai dar certo, vamos tentar desse outro jeito?”
Porque apesar de meio grossa, eu era noiva e noiva as vezes tem alguns ataques de demência.
Dani, conseguiu me ler e saber o que funcionaria ou não comigo. A sinceridade dela ao dizer: “você não precisa do meu serviço mais caro, porque sabe se virar” me fez confiar no seu trabalho desde a primeira reunião.
Nesse ramo, onde muitos fornecedores tentam criar necessidades que não existem, ver a Dani sendo tão realista me fez acreditar que eu poderia fazer uma festa do meu jeito.
Ela sabe com quem pode ser mais dura, quem precisa de mais cuidado, quem pode sonhar caro e sabe fazer sonhos mais baratos serem fantásticos.
Ela aceitou meu cachorro na cerimônia, minha escolha de musicas esquisitas, minha celebração diferente, minha invenção de moda de ter um ‘pé de bolo’ com o Goku e a princesa Léia.
Ela me me empolgou com ideias mirabolantes que ela tinha, mesmo quando estava na casa de amigos à onze da noite. Mas ao mesmo tempo me alertou de algumas ideias ruins.
Até o noivo se empolga com as ideias. Rodrigo já participava de tudo, ia em cada reunião, dava opinião até de cor de flor, mas ela sabendo que noivo geralmente não gosta disso, deu um trabalho mais a cara dele, fazendo ele escolher as coisas para um open bar temático de rock.
E principalmente, ela minimizou todo o tipo de problema que a gente tem no dia do evento. Ela sabe o que deve ou não dizer para a gente. Porque algumas coisas saem errado (a irmã esquece um porta retrato, o dia amanhece nublado, tem pouca gérbera no buquê…rs), mas o que mais me encantou foi ela saber o que devia ou não me dizer. Coloca mais gérbera no buquê, fala que Deus sabe de todas as coisas e deixa pra falar depois do porta retrato, porque sabia que era um detalhe e não ia adiantar me falar e realmente a gente nem vê.
Ou ela resolve ou te blinda de coisas que não tem solução.
Porque algumas pessoas fazem o trabalho pelas quais são pagas. Outras fazem o trabalho que nasceram para fazer.
E a diferença você sabe ao olhar para o lado (ou para trás) e ver que aquela pessoinha de preto, segurando o seu vestido, tentando não aparecer, jamais vai sumir da sua história.”